O município do Norte do distrito de Vila Real fez um balanço da campanha 2023 de combate à vespa velutina, também conhecida como vespa asiática, e referiu que, este ano, foram capturadas 14654 vespas, dispersas por todo o território do concelho.
A vespa asiática é predadora de abelhas e outros insetos polinizadores nativos, sendo uma ameaça que se tem expandido no país.
Segundo divulgou a câmara de Montalegre, as capturas efetuadas no concelho foram, na grande maioria, de vespas fundadoras, ou seja, vespas capazes de criarem o seu próprio ninho (futuras rainhas).
O plano está a ser implementado pelo Gabinete Técnico Florestal e é liderado pelo técnico José Luís Tavares.
“A rede de armadilhas apresenta excelentes resultados, capturando um número significativo de vespas velutinas, no entanto, é importante ter presente que estas vespas nunca são todas capturadas e que é cada vez mais necessária a participação de todos os cidadãos na identificação e sinalização de ninhos (primários e secundários)”, afirmou o responsável, citado em comunicado.
Segundo explicou, este ano começou com “um inverno pouco rigoroso, em que o frio pouco extremo foi favorável à sobrevivência de muitas vespas hibernadas, que em circunstâncias mais adversas poderiam perecer”.
“Para além disso, as temperaturas altas da primavera e verão foram favoráveis à dispersão das vespas”, acrescentou.
Em 2023, a rede de armadilhas de combate à vespa velutina 2023 incluiu 250 unidades espalhadas pelo concelho, a campanha decorreu entre maio e agosto, ou seja, teve um período de atuação de quatro meses, com oito monitorizações de periodicidade quinzenal.
Segundo o município, as freguesias de Cabril, Salto e Ferral contabilizam cerca de metade de todas as capturas efetuadas, o que “evidencia que as zonas mais baixas e limítrofes dos concelhos de Vieira do Minho, Terras de Bouro e Cabeceiras de Basto são as mais afetadas por esta praga”.
Até ao momento, adiantou, foram identificados e devidamente eliminados cinco ninhos primários (diâmetros entre os cinco centímetros e os 10 centímetros) e 51 ninhos secundários (diâmetros entre os 30 centímetros e os 80 centímetros).
O plano municipal inclui outras medidas como ações de sensibilização e esclarecimento da população local para o problema e para a identificação dos ninhos, bem como a retirada de todos os ninhos.
Desde 2019 que o município espalha por todo o seu território uma rede de armadilhas para a vespa asiática. A presença da vespa asiática foi confirmada no distrito de Vila Real em 2015, tendo sido detetada, pela primeira vez, no concelho de Ribeira de Pena.
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