A informação foi confirmada ao SAPO24 pela família de Pedro Rolo Duarte. O jornalista tinha 53 anos e lutava contra um cancro.
"Morreu um grande jornalista, de uma família de grandes jornalistas", disse ao SAPO24 a irmã do cronista e jornalista Fátima Rolo Duarte, pedindo respeito e reserva neste momento difícil para a família.
Pedro Rolo Duarte estava internado desde terça-feira na unidade de cuidados paliativos do Hospital da Luz, em Lisboa, adiantou uma amiga do jornalista à agência Lusa.
As cerimónias fúnebres do jornalista iniciam-se hoje e terminam no sábado com a cremação no cemitério dos Olivais, disse à Lusa fonte próxima da família. Segundo a mesma fonte, o velório decorre a partir das 17:00 de hoje até às 13:30 de sábado, na capela do primeiro andar da igreja do Campo Grande, em Lisboa. Pelas 13:30 de sábado, haverá “uma reunião de amigos” de Pedro Rolo Duarte no local, apontou a fonte. Pelas 15:00 de sábado, inicia-se a cremação no cemitério dos Olivais.
Filho de jornalistas, Pedro Rolo Duarte nasceu a 16 de maio de 1964, em Lisboa. Começou no jornalismo aos 17 anos, a escrever textos para o suplemento juvenil do Correio da Manhã, tornando-se depois colaborador desta publicação e dos jornais Se7e e Independente. Passou ainda pelas revistas K e Visão.
Foi editor do suplemento DNA, publicado no Diário de Notícias entre novembro de 1996 e janeiro de 2006, e subdiretor deste jornal entre 2004 e 2005. Entre 2009 e 2010 fundou e editou o projeto “Nós” no jornal i.
Na rádio estreou-se em 1984 e, um ano depois, passou para a Rádio Comercial, estação na qual teve vários programas de autor.
Já na Antena 1 assinou os programas “Pedro Rolo Duarte” e “Janela Indiscreta”. Atualmente, partilhava o espaço do programa Hotel Babilónia, na Antena 1, com o também jornalista João Gobern, e integrou o programa Central Parque da RTP3.
Pedro Rolo Duarte era cronista do SAPO24, onde escrevia todas as quinta-feiras.
A 21 de novembro deste ano, Miguel Esteves Cardoso dedicou algumas palavras ao amigo e colega Pedro Rolo Duarte no seu espaço de opinião habitual no jornal "Público", onde se pode ler: "A tua palavra, aquela que aparece quando penso em ti e que, como vês, já não me dou ao trabalho de disfarçar, é muito; a tua palavra é muita, Pedro. Sempre pusemos as palavras a trabalhar, a ver se fazem o favor de aproximar-se daquilo que os nossos corações dizem quando doem de memórias, de esperança, de riso e de amizade. Traduzam, porra!"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte de Pedro Rolo Duarte, recordando-o como "um nome forte, que deixou marcas" e contribuiu para modernizar a comunicação social portuguesa.
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, também se manifestou, dizendo que lamenta "profundamente" a morte do jornalista. "Pedro Rolo Duarte nunca deixou de manifestar livre e ativamente as suas opiniões, acompanhando criticamente as mudanças da sociedade contemporânea e convidando-nos a refletir e a interrogar o país com apontamentos de ironia, mas também de profunda esperança", lê-se no comunicado do ministério da Cultura.
(Notícia atualizada às 17h59 com informações sobre as cerimónias fúnebres)
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