Em comunicado, a polícia sul-africana em Nelspruit indicou que o incidente ocorreu cerca das 03:30 da madrugada da passada sexta-feira quando o motorista, cuja nacionalidade não foi divulgada, aguardava na fila de espera com outros camiões para atravessar o posto de fronteira de Lebombo, na África do Sul, para Moçambique.
De acordo com a polícia sul-africana, a vítima foi libertada após quase 20 horas de cativeiro depois de pagar pela sua liberdade aos sequestradores, que não foram ainda localizados.
“Os suspeitos raptores arrastaram o homem do camião até um matagal próximo. Exigiram-lhe uma transferência de 30.000 rands (1.617 euros), mas ele só conseguiu uma quantia menor”, explicou o porta-voz da polícia, Selvy Mohlala, em comunicado a que a Lusa teve acesso.
“Então agrediram-no com uma panga e também com uma arma de fogo e disseram-lhe para pedir o restante do dinheiro a familiares. O irmão teria depositado uma quantia não especificada em dinheiro, que o obrigaram a transferir para a conta dos suspeitos. Dois dos suspeitos fugiram do local. Um dos dois que ficaram com ele também fugiu e ele ficou com o único suspeito. Por volta das 22h00 a vítima foi libertada de alguma forma e escapou de ser morta”, adiantou.
O porta-voz referiu ainda que “a vítima terá fugido e conseguido chegar à esquadra de polícia onde reportou o caso de sequestro”, acrescentando que o incidente está a ser investigado.
“Durante a investigação descobriu-se que os suspeitos conseguiram levantar parte do dinheiro transferido. A investigação prossegue”, sublinhou o porta-voz policial.
No domingo, quatro pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 20 anos foram detidas durante uma operação de resgate de um homem de 30 anos que foi raptado no passado sábado, em Middleburg, cerca de 300 quilómetros de Komatipoort, na principal rodovia de ligação de Moçambique a Pretória, capital do país, e Joanesburgo, a capital económica, segundo a polícia sul-africana.
Em novembro, o ministro da Polícia da África do Sul, Bheki Cele, considerou que a criminalidade, agressão e a violência no país atingiram níveis “preocupantes”, com mais de 7.000 homicídios e 4.000 raptos reportados nos três meses de julho a setembro.
O número de sequestros “duplicou” na África do Sul, com mais de 4.000 casos reportados pela polícia, segundo o ministro sul-africano.
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