“A greve só surtiu efeito numa empresa de transportes com muitos associados nossos. A administração dessa e os seus trabalhadores chegaram a acordo, depois de dois dias de paralisação”, contou o coordenador sindical José Manuel Silva à Lusa.
Apesar de ter ficado “aquém do desejado”, porque o objetivo da greve era o de ver as pretensões reconhecidas a todos os trabalhadores, já serviu para resolver um dos casos, disse.
A única empresa do setor que chegou a acordo abrange mais de 100 trabalhadores, revela José Manuel da Silva, falando num “pequeno, mas positivo passo”.
“Espero que esta possa servir de exemplo às restantes”, vincou.
A greve deste sindicato, que representa cerca de mil motoristas de mercadorias do Norte, começou às 00:00 de 12 de agosto e termina às 24:00 de hoje, nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
A paralisação de nove dias realizou-se por motivos distintos da greve convocada pelos sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM).
“No nosso caso, concordamos com o acordo para o aumento a partir de janeiro e consideramos que, relativamente a 2021 e 2022, há tempo para negociar”, explicou o coordenador.
O problema, sublinhou, são “quatro cláusulas que não estão a ser bem entendidas e algumas que têm de ser retificadas”.
Em termos globais, José Manuel Silva adiantou que a greve teve uma adesão de cerca de 50%, tendo sido no distrito do Porto onde essa se mais fez sentir.
O sindicato vai insistir nas negociações com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), salienta.
Se essas não surtirem efeito, então aí serão pensadas novas formas de luta, assumiu.
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