Num balanço feito à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), referiu que a previsão inicial de investimento na JMJ por parte do município era de 10 milhões de euros.
“Nós ainda vamos fazer essa contabilização, mas uma coisa posso adiantar: dos 10 milhões que estavam previstos no memorando de entendimento nós não ultrapassámos os oito milhões de euros. Houve uma preocupação de que aquilo que foi gasto fosse reutilizável no futuro”, sublinhou.
Segundo especificou o autarca, dos oito milhões que foram investidos na organização da JMJ, seis milhões de euros foram utilizados para obras de infraestruturação e o restante para adquirir um sistema de contentorização de resíduos, que serão agora distribuídos pelas diferentes freguesias.
Ricardo Leão adiantou que até ao final desta semana vai decorrer uma operação de limpeza nos terrenos do município no Parque Tejo-Trancão, que envolve uma centena de pessoas e seis máquinas.
“Nós estamos a ter o cuidado de recolher alguns materiais que foram abandonados pelos peregrinos e que podem ser ainda reutilizados por outras instituições, nomeadamente sacos cama, cantis, etc. Está a haver um cuidado pela Câmara de Loures em fazer essa recolha e guardar em determinados locais”, indicou o autarca.
Questionado pela Lusa sobre a data de abertura deste espaço ao público, o presidente da Câmara de Loures explicou que só poderá ser utilizado “na sua plenitude a partir de setembro”.
“Nós temos dois espaços distintos. Um que é aquele que sai da ponte pedonal, que é o triângulo junto ao rio, com cerca de 20 hectares. Esse irá estar, obviamente, utilizável, condicionado a algumas intervenções que iremos ainda fazer. Só mesmo a partir da primeira semana de setembro é que estará na sua plenitude para utilização”, apontou.
É neste espaço, mais próximo do Trancão, que a Câmara de Loures está a concluir a construção de um passadiço, que liga ao município vizinho de Vila Franca de Xira, e onde pretende levar a cabo obras de infraestruturação, num investimento de 2,5 milhões de euros.
Será neste espaço onde em setembro se realizará a Semana Académica de Lisboa, o primeiro evento pós JMJ a ter lugar no Parque Tejo.
Mais a norte, nos terrenos anteriormente ocupados pelo Complexo Logístico da Bobadela e por contentores (35 hectares), vai nascer em 2024 um parque verde, num investimento do Governo de 3,5 milhões de euros.
O projeto prevê que o parque, batizado de “Papa Francisco”, tenha cerca de 600 árvores e áreas para a implementação de equipamentos para restauração, manutenção, zona desportiva e parque infantil.
Toda a área do parque será regada com “água reciclada” da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Beirolas.
A JMJ de Lisboa terminou no domingo, no mesmo dia em que o Papa Francisco, que chegou a Portugal na quarta-feira passada, regressou ao Vaticano.
O maior acontecimento da Igreja Católica juntou cerca de 1,5 milhões de jovens no Parque Tejo (Lisboa) para uma missa e uma vigília, com a presença do Papa Francisco.
O anúncio da escolha de Lisboa foi feito em 27 de janeiro de 2019, na missa de encerramento da JMJ na Cidade do Panamá, pelo prefeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida. Este dicastério é o organismo do Vaticano que organiza a JMJ com um comité local.
A próxima JMJ realiza-se dentro de quatro anos em Seul, na Coreia do Sul.
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