“As piscinas vão manter-se encerradas em setembro”, afirmou o presidente da AMAL, António Miguel Pina, esclarecendo à agência Lusa que, por enquanto, os 16 municípios da região decidiram prolongar as medidas de combate à seca em vigor e que tinham sido adotadas a 15 de julho, até se voltar a analisar a situação a partir da terceira semana do presente mês.
Entre as medidas adotadas a 15 de julho pela AMAL, está o encerramento das piscinas municipais públicas em agosto e das fontes ornamentais, a redução dos dias de rega, a paragem da rega dos espaços verdes públicos relvados ou a sua reconversão por espécies autóctones e com menores necessidades hídricas.
“Vamos manter as medidas por agora e tentar agendar na terceira semana de setembro uma nova reunião com a Agência Portuguesa do Ambiente para avaliar e fazer um ponto de situação dos recursos hídricos”, adiantou ainda o também presidente da Câmara de Olhão.
Quando divulgou as medidas a adotar para fomentar a poupança de água na região em função da escassez que este recurso regista devido aos efeitos da seca e das alterações climáticas, a AMAL recordou que algumas já estavam a ser implementadas no terreno e outras iriam ser reforçadas ou executadas durante as próximas semanas.
O presidente da AMAL, António Miguel Pina, já tinha alertado para as dificuldades que a falta de água pode causar no distrito, lembrando que, “se o próximo ano hidrológico for igual, a água pode mesmo vir a escassear nas torneiras dos algarvios, em outubro de 2023”.
Além das medidas adotadas, os municípios acordaram também trabalhar para sensibilizar a população para a gravidade do problema e para a urgência em reduzir os consumos de água.
Em março, os municípios algarvios já tinham aprovado medidas de combate à seca na região, como a limitação das regas em espaços verdes ou a sua reconversão com espécies que necessitem de menos água.
Em simultâneo, autarquias, empresas municipais e empresas concessionárias de exploração e gestão dos serviços públicos de distribuição de água têm estado a investir no controlo ativo de perdas de água e na reabilitação de infraestruturas.
A Câmara de Loulé já tinha anunciado, por si, a 19 de agosto, o encerramento até setembro das piscinas interiores da sede do concelho e de Quarteira, como medida de reforço para poupar água e fazer frente à seca que afeta o Algarve.
O município algarvio justificou o prolongamento do encerramento das piscinas com “o agravamento da seca” em Portugal e com o aumento da população no concelho, que “é consideravelmente superior” durante o verão “em virtude do número de turistas que se encontram de férias”.
Além de “prolongar o encerramento das piscinas interiores de Loulé e de Quarteira até ao final do mês de setembro”, o município tinha decidido também “encerrar as piscinas exteriores de Loulé e de Salir às segundas, terças e quartas-feiras, a partir da próxima segunda-feira, 22 de agosto”.
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