O porta-voz da junta, major-general Zaw Min Tun, disse aos jornalistas da imprensa estrangeira na terça-feira que Suu Kyi, de 78 anos, e o ex-presidente Win Myint, de 72 anos, estavam entre os presos idosos e doentes transferidos das prisões.
A transferência ainda não foi anunciada publicamente em Myanmar, nem foi confirmado se os dois políticos estão atualmente em prisão domiciliária ou se foram transferidos por outro centro de detenção.
Suu Kyi está a cumprir uma pena de 27 anos de prisão em Naypyidaw, devido a uma série de condenações criminais que os apoiantes da prémio Nobel da Paz e grupos de defesa dos direitos humanos disseram ter sido fabricadas por razões políticas.
Naypyidaw registou temperaturas de 39ºC na terça-feira, de acordo com os serviços meteorológicos birmaneses.
Win Myint cumpria uma pena de oito anos de prisão em Taungoo, na região de Bago, no centro-sul do país.
Hoje, a junta militar anunciou também uma amnistia para mais de três mil presos, para assinalar o Ano Novo birmanês, que se celebra esta semana, mas não adiantou se os libertados incluíam ativistas pró-democracia e presos políticos.
De acordo com a televisão estatal MRTV, o líder da junta militar, general Min Aung Hlaing, perdoou 3.303 presos, incluindo 28 estrangeiros que serão deportados de Myanmar, e reduziu também as sentenças para outros reclusos.
O golpe militar de 2021, que derrubou o governo democraticamente eleito de Aung San Suu Kyi, pôs fim a 10 anos de transição democrática e prosperidade económica e abriu uma espiral de violência que exacerbou a guerrilha que dura há décadas no país.
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