Os incêndios florestais, a seca, a desflorestação, doenças e outras ameaças estão a devastar os coalas, avança hoje a BBC News. A espécie foi considerada “vulnerável” em dois estados australianos, Queensland e Nova Gales do Sul, e no Território da Capital Australiana (ACT).

A ministra do ambiente, Sussan Ley, disse na sexta-feira que as “autoridades estão a elaborar um plano de recuperação” e que certos habitats serão submetidos a uma avaliação acerca dos “impactos sobre as espécies”. A ministra fez questão de referir que a “conservação do coala” é “uma prioridade”.

De acordo com a BBC News, em 2021 uma investigação de Nova Gales do Sul indicou que os coalas podem ser extintos antes ainda antes de 2050, a menos que haja uma intervenção imediata.

Estima-se que os incêndios florestais do “Black Summer” de 2019-20, um vasto conjunto de incêndios devastadores que aconteceram na Austrália, mataram cinco mil coalas e afetaram 24% dos habitats apenas em Nova Gales do Sul. Acredita-se que haverá, atualmente, apenas cerca de 50 mil coalas marsupiais.

"Os coalas passaram de não listados a vulneráveis e ameaçados de extinção em apenas 10 anos, um declínio surpreendentemente rápido", afirma o cientista Stuart Blanch, do WWF-Austrália. “A decisão de hoje é bem-vinda, mas não impedirá que os coalas se encaminhem para a extinção, a menos que seja acompanhada de leis mais fortes e incentivos aos proprietários de terras para proteger a floresta”, conclui.

Os cientistas alertam que as alterações climáticas irão agravar os incêndios florestais e a seca. Se o plano de recuperação for posto em prática, os governantes australianos são obrigados legalmente a não tomar decisões que sejam incompatíveis com a preservação da espécie, todavia não há uma obrigação de adoção do plano em primeira instância, noticia o jornal britânico The Guardian.