“A verdade é que não haverá mudança nesta região sem o Partido Socialista (PS) e é a hora de virar a página e virar a página significa optar por votar no Partido Socialista”, disse, para logo reforçar: “Acreditamos que é possível, nestas eleições, podermos formar um governo do Partido Socialista”.
Paulo Cafôfo falava aos jornalistas no âmbito da reunião da comissão política do PS/Madeira, que decorre na sede do partido, no Funchal.
“Este é o pontapé de saída para as eleições do próximo dia 26 de maio. É a partir de hoje que o partido vai estabelecer os critérios para a elaboração da lista e delinear a estratégia para as próximas eleições regionais”, explicou.
Na quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio, uma medida anunciada depois de ouvir os nove partidos com assento parlamentar na região — PSD, PS, JPP, Chega, CDS-PP, PCP, IL, BE e PAN — e de presidir ao Conselho de Estado.
O Governo da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro, depois de o presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, ter pedido a demissão do cargo após ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção no arquipélago.
Paulo Cafôfo disse que o PS vai apresentar um “projeto diferenciador” e com “ideias claras e concretas” para resolver os problemas dos madeirenses, indicando também que o partido vai “envolver toda a sociedade civil” no sentido de apresentar “as melhores propostas”.
“Como já se viu, se se votar no PSD tudo vai continuar na mesma, mas também se se votar em partidos mais pequenos, como o CDS, como o PAN, como o Chega, como a Iniciativa Liberal, na primeira oportunidade vão-se juntar ao PSD e tudo vai continuar na mesma”, considerou, acrescentando: “A única forma é votar no Partido Socialista”.
O líder socialista disse que há tanto por fazer na Madeira e que é necessário “respirar outro ar nesta democracia”, defendendo ser fundamental “acabar com o conluio, os favorecimentos e os amiguismos”, para além de outras medidas como baixar a carga fiscal e promover o acesso à saúde e à habitação.
Paulo Cafôfo reafirmou que será o cabeça de lista nas eleições de 26 de maio e garantiu que o partido está mobilizado para ter o “melhor desempenho possível”, vincando também não ter receio de divergências internas.
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