“É setembro e já parece Natal . Então, este ano – como forma de prestar homenagem e agradecer-vos – vou decretar que o Natal seja antecipado para 1 de outubro”, proclamou Maduro durante uma das suas frequentes aparições na televisão.

O líder autoritário da Venezuela, que enfrenta o que os especialistas chamam de maior desafio político da sua governação de 11 anos, prometeu a todos os venezuelanos um Natal de “paz, felicidade e segurança”.  O decreto foi emitido no mesmo dia em que o Ministério Público obteve um mandado de prisão para o candidato presidencial da oposição, Edmundo González.

Recorde-se que esta segunda-feira, a Bloomberg informou que os EUA estavam prestes a anunciar sanções individuais contra 15 figuras seniores da administração venezuelana pela sua suposta obstrução da “realização de eleições presidenciais livres e justas”. Os que devem ser alvos incluem, segundo informações, o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, a presidente do Supremo Tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez Rodríguez, e um membro importante do conselho eleitoral, Rosalba Gil Pacheco.

A CNN Brasil, entrou em contacto com a Conferência Episcopal Venezuelana e a Arquidiocese de Caracas sobre o anúncio do presidente.

A Conferência Episcopal Venezuelana informou esta terça-feira que o Natal é uma celebração universal que, como tempo litúrgico, começa no dia 25 de dezembro, e pediu para que o feriado não seja utilizado para “fins propagandísticos ou políticos particulares”.

A Igreja acrescentou que “o modo e o momento da sua celebração são da responsabilidade da autoridade eclesiástica”.