“Continuamos preocupados com as constantes políticas separatistas e a retórica de divisão. São imprudentes e perigosas”, disse Stoltenberg, numa conferência de imprensa conjunta com Denis Becirovic, membro muçulmano bósnio da Presidência tripartida da Bósnia-Herzegovina, em Bruxelas.
O secretário-geral da Aliança Atlântica considerou que as políticas que semeiam a divisão no país “contrariam o progresso” feito nos últimos anos “com tanto esforço” e que “beneficiaram a população”.
E Stoltenberg deixou um apelo: “Todos os líderes políticos têm de trabalhar para preservar a unidade e salvaguardar as instituições nacionais. Isto é crucial para a paz e para a segurança em todo o país, e para a estabilidade dos Balcãs Ocidentais”.
Da parte da NATO, o secretário-geral deixou a promessa de “apoiar veementemente” a soberania e integridade territorial da Bósnia-Herzegovina e saudou o processo recente “rumo à adesão à União Europeia (UE)”.
A “cooperação prática” e o diálogo constante são as promessas que a NATO pode fazer para já, concluiu Stoltenberg.
A Bósnia-Herzegovina obteve o estatuto de país candidato à UE em dezembro de 2022.
No passado dia 21 de março, o Conselho Europeu deu luz verde à abertura de negociações formais de adesão com a Bósnia.
A ex-república jugoslava continua a confrontar-se com as ambições secessionistas dos sérvios bósnios e uma crescente fratura e afastamento entre os nacionalistas bosníacos muçulmanos e croatas católicos. Os partidos nacionalistas continuam a dirigir as respetivas entidades, num cenário de profundas divisões étnicas.
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