“Nesta importante ocasião quero prestar homenagem mais uma vez àqueles que perderam a vida durante as horas críticas da tentativa de golpe de Estado e ao povo turco que se levantou contra este ato atroz na defesa do seu Governo eleito e das suas instituições democráticas”, disse Stoltenberg num comunicado emitido para assinalar o aniversário deste acontecimento.
“Qualquer tentativa de minar a democracia em qualquer um dos nossos países aliados é inaceitável”, acrescentou o responsável, vincando que “a democracia e o Estado de Direito são valores compartilhados pelos aliados da NATO”.
A Turquia é um dos 28 países membros da Aliança Atlântica, e a 15 de julho do ano passado foi vítima de uma tentativa de golde de Estado fracassado, que deixou 249 mortos em violentos confrontos.
O Governo turco tem acusado a rede do predicador islamita Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos desde 1999, de ter organizado o sétimo golpe de Estado desde a fundação da República da Turquia (1923), e desencadeou uma repressão sem precedentes contra os alegados membros desta organização.
De acordo com os números de organizações independentes, desde o golpe já foram despedidas 138.148 pessoas (funcionários públicos, professores, académicos, juristas, militares), e registadas mais de 115.000 detenções e cerca de 55.000 prisões efetivas.
Quase 2.100 escolas e universidades foram encerradas, 3.271 académicos perderam o emprego, 4.424 juízes e procuradores foram demitidos, 149 media (incluindo informáticos) foram fechados e 269 jornalistas detidos.
Só na sexta-feira, a Turquia despediu quase 7.400 funcionários públicos por alegadamente estarem ligados a grupos terroristas, incluindo professores, académicos, militares e polícias.
No balanço final do golpe de Estado falhado de 15 de julho de 2016, o Governo refere-se a 249 mortos, incluindo 62 polícias, e ainda 24 baixas entre os golpistas. Todos os partidos turcos com representação parlamentar condenaram a intentona.
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