“Nós definimos os objetivos da guerra e estamos prestes a alcançá-los: derrubar o Hamas [em Gaza], trazer todos os reféns de volta a casa, os vivos e os mortos. Trata-se de uma missão sagrada, não vamos parar até que a tenhamos cumprido”, declarou
Netanyahu numa mensagem televisiva difundida no dia em que se assinala um ano sobre o ataque do Hamas de 07 de outubro.
Entre os objetivos estão também “eliminar qualquer ameaça futura para Israel com origem na Faixa de Gaza” e “fazer voltar os habitantes do sul e do norte do país em segurança a suas casas”.
“Continuaremos a lutar”, disse o primeiro-ministro israelita repetidamente, insistindo que não vai desistir da libertação dos reféns.
“Continuaremos a lutar e juntos venceremos”, acrescentou, sublinhando ainda que “a vitória garante a eternidade”.
Netanyahu afirmou ainda que o ataque de 07 de outubro “vai simbolizar para as gerações futuras o preço do nosso renascimento, e vai provar-lhes a nossa determinação e a força do nosso espírito”.
Há exatamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns, dos quais quase 100 continuam reféns do Hamas.
O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram quase 42 mil pessoas, a maioria civis, forçaram quase dois milhões a fugir das respetivas casas e provocaram um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
A guerra, que hoje entrou no 367.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 41.900 mortos (quase 2% da população), cerca de 17.000 dos quais menores, e de 97.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.
O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer “o mais elevado número de vítimas alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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