
O relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), relativo a 2023 e 2024, refere que 94% da população urbana do bloco europeu “ainda permanece exposta a concentrações de PM2,5 acima dos valores recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde)”, embora desde 2011 todos os países tenham reduzido a exposição dos que vivem nas cidades aquele poluente, o “mais prejudicial do ponto de vista da saúde”, segundo um comunicado da agência.
As PM2,5 são partículas em suspensão com um diâmetro inferior a 2,5 micrómetros que conseguem entrar nos pulmões e causar sérios problemas de saúde.
Por isso, o estudo da AEA defende ser necessário fazer mais, especialmente nas cidades, para cumprir os padrões da União Europeia, sustentando que, atingir os limites do bloco europeu recentemente revistos e exigidos até 2030, “ajudará a reduzir” os impactos na saúde e “a aproximar os níveis de qualidade do ar dos valores de referência da OMS nos próximos anos”.
Ao mesmo tempo, o comunicado refere que “a maioria das estações de monitorização da poluição atmosférica” no espaço comunitário respeita os limites estabelecidos pela UE em relação a “alguns dos poluentes atmosféricos mais nocivos”.
“Os dados recolhidos mais recentemente (…) mostraram especificamente que os padrões da UE foram amplamente cumpridos para as partículas finas (PM2,5) (…) e para o dióxido de azoto (NO2)”, em “99% e 98%” das estações respetivamente, “dois poluentes atmosféricos significativamente nocivos”, precisa a AEA.
O NO2, dependendo da concentração e do tempo de exposição, pode originar “irritação dos olhos e garganta, a diminuição da capacidade respiratória, dores no peito, problemas respiratórios e danos no sistema nervoso central e nos tecidos”.
A poluição do ar continua a ser o maior risco ambiental para a saúde na Europa, que, além de causar doenças, diminui a qualidade de vida e provoca mortes evitáveis.
Este relatório da AEA é o primeiro de um pacote sobre a “Qualidade do ar na Europa 2025”, que inclui análises complementares sobre as emissões de poluentes atmosféricos e sobre os impactos da poluição atmosférica na saúde humana, incluindo “estimativas de mortes prematuras e problemas de saúde que podem ser atribuídos à má qualidade do ar”, a divulgar ainda este ano.
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