A investigação, relatada hoje no boletim Science Translational Medicine, abre caminho ao diagnóstico da tuberculose de forma mais rápida e barata do que acontece hoje, poupando potencialmente milhões de vidas ao encaminhar os doentes para tratamento mais cedo.
"O nosso teste demonstrou uma sensibilidade de 86% e 69% de especificidade, muito próximo do que a Organização Mundial de Saúde pediu [90% e 70%] para um teste de triagem da tuberculose", afirmou o principal autor do estudo, Rushdy Ahmad.
Salientou que o teste conseguiu detetar a marca da doença em amostras de pacientes de três continentes diferentes, o que significa que "pode detetar muitas variantes do patogénico em amostras positivas ou negativas para o HIV, tornando-o aplicável à maior parte dos pacientes".
Para conseguir estes resultados, os investigadores criaram um processo que analisa os níveis combinados de quatro proteínas e um anticorpo que reage à tuberculose para identificar os doentes que estão em risco de ter a doença e precisam de diagnóstico e tratamento mais avançados.
Mais de dez milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de tuberculose, que mata mais de um milhão por ano, a maior parte em países com poucos recursos onde o diagnóstico é especialmente difícil, uma vez que os testes mais recentes requerem equipamento laboratorial que não existe.
O teste padrão, que utiliza amostras do muco das vias aéreas, é lento e não é suficientemente exato para garantir que todos os doentes são diagnosticados e tratados a tempo.
A Organização Mundial de Saúde apelou para a criação de um teste de triagem que use amostras de sangue e não de muco, para encaminhar as pessoas em risco para testes de diagnóstico.
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