O arquiteto Nuno Brandão Costa e o académico Sérgio Mah obtiveram a melhor classificação entre as sete equipas que a DGArtes convidou para apresentar um projeto de representação oficial naquela bienal, tendo como limite um orçamento de cerca de 200 mil euros.
A 16.ª Bienal de Arquitetura de Veneza decorrerá de 26 de maio a 25 de novembro de 2018, com curadoria de Yvonne Farrell e Shelley McNamara, subordinada à temática "Freespace".
Fonte da DGArtes explicou à agência Lusa que em janeiro será desvendada a proposta vencedora, assim como a curadoria associada. A representação de Portugal ficará exposta na Villa Hériot, na ilha da Giudecca, Veneza.
Nuno Brandão Costa nasceu no Porto em 1970 e licenciou-se na Faculdade de Arquitetura da universidade daquela cidade (FAUP) em 1994, onde dá aulas desde 2001 e onde se doutorou em 2013, segundo a biografia existente na página da FAUP.
O arquiteto fez parte das representações portuguesas na 8.ª Bienal de Veneza, em 2004, na Bienal de Arquitetura de São Paulo, em 2005, e na Trienal de Arquitetura de Milão em 2004 e 2014.
Multipremiado ao longo da carreira, com galardões como o Secil (2008) e o Vale da Gândara (2011), foi recentemente escolhido para projetar o futuro Terminal Intermodal de Campanhã, no Porto.
Sérgio Mah nasceu no mesmo ano de Nuno Brandão Costa, é licenciado em Sociologia e mestre em Ciências da Comunicação, sendo professor de Fotografia e Arte Contemporânea na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Segundo a biografia existente na página do Curso de Estudos Avançados em Projeto de Arquitetura da FAUP, Mah foi o comissário-geral das edições de 2003 e 2005 da LisboaPhoto, e diretor artístico da PhotoEspaña entre 2008 e 2010. Adicionalmente, foi o comissário da Representação Oficial Portuguesa à 54.ª Bienal de Arte de Veneza.
Para a escolha da representação oficial de Portugal, a DGArtes tinha convidado sete equipas a apresentar projetos: Ana Jara e Lucinda Correia, André Tavares e Marta Labastida, João Belo Rodeia e Ricardo Carvalho, João Mendes Ribeiro, Désirée Pedro e Carlos Antunes, Jorge Figueira e Carlos Machado e Moura, Maria Manuel Oliveira e Álvaro Domingues e Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah.
A próxima bienal apresentará "exemplos, propostas, elementos de trabalho - construídos ou não - que exemplifiquem qualidades essenciais da arquitetura, como a modulação, riqueza e materialidade da superfície, a orquestração e sequência do movimento, revelando o poder e a beleza da arquitetura", lê-se na página oficial da exposição internacional.
Na Bienal de Arquitetura de 2016, Portugal esteve representado pelo arquiteto Álvaro Siza, com projetos de habitação social feitos em quatro bairros europeus, um dos quais precisamente em Veneza.
A comissão da DGArtes que escolheu o projeto vencedor integrou Nuno Moura, Helena Pires, José Manuel Pedreirinho Inês Lobo, Nuno Grande, Roberto Cremascoli e Sofia Baptista.
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