“O leão que ruge”, do fotógrafo canadiano Yousuf Karsh, de 1941, é uma das mais famosas fotografias de Churchill. A foto foi tirada quando discursou no Parlamento canadiano durante a II Guerra Mundial. A imagem viria a catapultar a carreira do fotógrafo de origem arménia, também responsável por outros retratos históricos, como Martin Luther King, Nelson Mandela, Fidel Castro, a Rainha Isabel II, e tantos outros.
O retrato estava pendurado na sala de estar do hotel Château Laurier, em Ottawa, no Canadá, e fazia parte de um espólio de seis fotografias de Karsh.
Na passada sexta-feira, um funcionário do hotel percebeu que a moldura não estava bem pendurada e que era diferente das restantes cinco presentes na sala.
O hotel entrou em contacto com a polícia e foi Jerry Fielder, responsável pelo espólio de Karsh, também chamado para ajudar na investigação, que confirmou que a assinatura na fotografia era falsa.
"Vi aquela assinatura durante 43 anos. Bastou-me um segundo para perceber que era falsa e que alguém tentou copiá-la", disse Fielder ao The Guardian.
Em comunicado, o hotel anunciou que a fotografia emblemática "tinha sido trocada por uma cópia" e que a polícia de Ottawa já tinha sido notificada, estando o caso a ser investigado.
Não se sabe exatamente há quanto tempo a fotografia pode ter sido substituída, e segundo o The Times, a última vez que Fielder confirmou a veracidade do retrato exposto foi em julho de 2019.
Acrescenta o The Guardian que, por questões de segurança, a equipa decidiu retirar os restantes retratos do salão de leitura até que possa ser garantida a sua total proteção.
Karsh, que faleceu em 2002, tinha uma forte ligação com o hotel, onde viveu quase duas décadas e onde estabeleceu um pequeno estúdio entre 1972 e 1992.
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