A polícia da Sicília está a investigar se os restos mortais humanos encontrados numa caverna isolada no Etna são os de Mauro De Mauro, um jornalista que desapareceu há mais de 50 anos, conta o The Guardian.
De acordo com as autoridades, os restos encontrados na noite de terça-feira são de um homem que se crê ter morrido entre os anos 70 e o início dos anos 90. A vítima teria pelo menos 50 anos, 1,70 metros de altura e tinha "malformações congénitas no nariz e boca".
A filha do jornalista, Franca De Mauro, contactou a polícia depois de ter lido que os restos mortais tinham estas malformações, já que o seu pai tinha sofrido ferimentos nessas zonas durante a II Guerra Mundial.
Foi possível identificar as roupas do homem: calças compridas e escuras, uma camisa às riscas e gravata preta. Ao lado dos restos mortais foi encontrado um chapéu de lã e uma capa de chuva verde escura, assim como algumas moedas na antiga moeda italiana, a lira, um relógio Omega, um pente e sapatos de tamanho 41.
A descoberta foi feita por um oficial da polícia de Catânia e pelo seu cão de resgate alpino, durante um exercício de treino na zona.
A caverna no vulcão ativo mais alto da Europa é extremamente difícil de aceder e, quer o homem tenha entrado nela voluntariamente ou à força, pode não ter conseguido escapar. Segundo as investigações iniciais, não parecia que o homem tivesse sofrido uma morte violenta, mas a polícia está a analisar várias teorias.
Quanto ao jornalista, as investigações sobre o seu desaparecimento seguiram várias pistas diferentes, sendo uma delas que De Mauro foi raptado e morto pela máfia Cosa Nostra devido ao conhecimento da verdade sobre o alegado assassínio do chefe da multinacional petrolífera ENI, Enrico Mattei.
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