Falando a propósito dos dois tiroteios nos Estados Unidos que provocaram pelo menos 32 mortos este fim de semana, Obama rejeitou vigorosamente "retóricas suscetíveis de encorajar" atos de violência.
"Devemos firmemente rejeitar os discursos feitos seja por quem for que alimentam um clima de medo e de ódios ou que normalizam sentimentos racistas", disse Obama, numa intervenção que está a ser interpretada como uma crítica ao seu sucessor, o republicano Donald Trump, acusado pelo Partido Democrata de alimentar com discursos e atitudes uma escalada de intolerância.
Barack Obama teve, no entanto, o cuidado de nunca nomear Trump, que hoje pediu hoje pena de morte para os autores dos tiroteios, apelando para que a execução seja feita rapidamente.
"Ordenei ao Ministério da Justiça que proponha uma lei que garanta que aqueles que cometem crimes de ódio e assassinatos em massa sejam punidos com a pena de morte e que a pena de morte seja implementada rapidamente, decisivamente e sem demora", afirmou Trump, na Casa Branca.
Classificando os tiroteios como "crimes contra a humanidade", o Presidente dos Estados Unidos defendeu que o país deve condenar a ideologia da supremacia branca, considerada como ponto de origem de um dos tiroteios.
Trump exortou também hoje os congressistas republicanos e democratas a aprovarem regras mais restritivas de verificação de antecedentes de quem queira comprar armas de fogo, sugerindo, porém, que tais medidas devem estar ligadas a uma reforma migratória.
As declarações de Donald Trump, que voltou a rejeitar mudanças na lei de venda e posse de armas, surgem depois de um fim de semana marcado por dois tiroteios nos Estados Unidos, em El Paso (Texas) e em Dayton (Ohio), que fizeram um total de 32 mortos e mais de 50 feridos.
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