Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de hoje, Mário Centeno foi questionado pelos jornalistas sobre os números que a Direção-Geral de Orçamento (DGO) vai divulgar hoje da síntese de execução orçamental do conjunto de 2017.
"É como lhe disseram, vão sair. Ainda não saíram. Para que esta minha resposta mais vaga não revele algum sinal de preocupação com os números de dezembro, posso-lhe adiantar que sim, vão confirmar a boa evolução das finanças públicas ao longo de 2017 e, o mais relevante de tudo, o cumprimento das metas pela parte do Governo".
Na opinião do tutelar da pasta das Finanças, o cumprimento das metas é "inevitavelmente aquilo que dá credibilidade" à atuação e às diferentes políticas que o Governo tem vindo a desenvolver, "neste caso com a tradução orçamental".
Até novembro, o défice das Administrações Públicas foi de 2.083,6 milhões de euros, o que se traduziu na melhoria de 2.325,6 milhões de euros face ao registado em igual período de 2016, quando o défice ficou nos 4.409,2 milhões de euros.
Esta melhoria deveu-se ao efeito conjugado do aumento de 4,3% da receita, que foi superior ao crescimento de 0,8% verificado na despesa.
Recorde-se que este valor ainda não reflete o pagamento de metade do subsídio de natal dos pensionistas da Segurança Social, embora já tenha em consideração o pagamento do subsídio de Natal aos funcionários públicos e do 13.º mês das pensões do sistema da Caixa Geral de Aposentações.
Em 2016, o défice orçamental em contas nacionais ficou nos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e, para este ano, a estimativa do Governo, que foi atualizada na proposta de OE2018, aponta para uma redução do défice para os 1,4% do PIB até dezembro.
Até setembro, o défice das administrações públicas foi de 0,3%, abaixo dos 2,8% registados no período homólogo, e inferior à meta do final do ano, sendo que o primeiro-ministro, António Costa, disse esperar que ronde os 1,2% do PIB.
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