
"Este acordo é uma vitória para a saúde pública, a ciência e a ação multilateral. Coletivamente, permitirá proteger melhor o mundo contra futuras ameaças pandémicas", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado num comunicado.
O texto foi adotado em Genebra, durante a reunião anual dos países membros da OMS, e instaura uma coordenação global mais precoce e mais eficaz para prevenir, detectar e responder rapidamente a uma futura pandemia.
Tudo isso após o fracasso da coordenação coletiva para enfrentar a covid-19 há cinco anos, quando os países em desenvolvimento enfrentaram um cenário de vacinas insuficientes, acumuladas pelos países ricos, além de escassez de materiais para realizar testes e atender pacientes, como os respiradores.
O acordo busca garantir um acesso equitativo a produtos de saúde em caso de nova pandemia.
O pacto adotado nesta terça-feira representa um sucesso ao final de um processo de negociação difícil, num contexto de cortes drásticos no orçamento da OMS, que cada vez enfrenta mais crises.
E embora a saída dos Estados Unidos da OMS, decidida pelo presidente Donald Trump ao retornar à Casa Branca em janeiro, apenas se torne efetiva em janeiro de 2026, Washington já havia se afastado das negociações nos últimos meses. O país não enviou representantes à assembleia da organização.
"A pandemia de covid-19 foi um eletrochoque. Lembrou-nos de forma brutal que os vírus não conhecem fronteiras, que nenhum país, por mais poderoso que seja, pode enfrentar sozinho uma crise de saúde mundial", destacou a embaixadora francesa para a saúde mundial e copresidente das negociações, Anne-Claire Amprou.
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