“Pedimos a todas as partes que evitem provocar um perigoso incidente nuclear na Ucrânia, que podia representar enormes ameaças imediatas e a longo prazo para a saúde humana e o ambiente”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X (antigo Twitter), na segunda-feira.
As autoridades russas relataram um ataque ucraniano com drones e vários impactos no interior da maior central nuclear da Europa, sob controlo russo desde março de 2022.
O primeiro impacto foi com uma carga explosiva perto de uma cantina da central, enquanto o segundo drone atingiu o cais de carga e um terceiro atingiu a cúpula do sexto reator da central. Em resultado dos impactos, três trabalhadores ficaram feridos.
O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que os ataques “aumentam significativamente o risco de um acidente nuclear grave e devem parar imediatamente”.
“Pela primeira vez desde novembro de 2022, depois de termos estabelecido os princípios de base para evitar um acidente nuclear grave com consequências radiológicas, confirmámos três ataques diretos (…) Isto não pode acontecer”, disse.
Grossi salientou que, nesta ocasião, “embora os danos” não tenham “comprometido a segurança nuclear, é um incidente grave que tinha o potencial de comprometer a integridade do sistema de contenção do reator”.
O responsável da AIEA lembrou que estes ataques são uma “lembrança clara” das “ameaças persistentes” a estas instalações durante conflitos armados.
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