“As projeções realizadas imediatamente antes do impacto do ciclone indicam que mais de 76.000 nas Ábaco e na Grande Bahama poderão precisar de comida ou de ajuda humanitária”, indicou um porta-voz daquela agência da ONU, Herve Verhoosel.
O PAM calcula que 14.500 pessoas terão necessidade de ajuda alimentar nas ilhas Ábaco e 45.700 outras na ilha Grande Bahama.
Estes são dados preliminares e o PAM aguarda os resultados da avaliação em curso para ter números mais precisos.
“Os primeiros resultados são esperados a partir de sábado e poderemos confirmar ou corrigir as previsões das necessidades”, adiantou Verhoosel à agência France-Presse.
Enquanto espera, o PAM já adquiriu oito toneladas de alimentos que serão transportados “em breve” para as Bahamas. Nos próximos três meses serão enviadas 85 toneladas.
A agência está ainda a estabelecer uma ponte aérea a partir do centro da ONU no Panamá para transportar infraestruturas de armazenamento, geradores e escritórios prefabricados para as duas principais ilhas do arquipélago das Bahamas, visando a criação de duas plataformas logísticas.
O furacão Dorian, na categoria 5 quando passou pelas Bahamas, causou pelo menos 20 mortos no arquipélago, balanço que poderá aumentar, segundo o ministro da Saúde.
O secretário-geral-adjunto para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Mark Lowcock, indicou na quarta-feira que a ONU tinha desbloqueado um milhão de dólares (cerca de 906 mil euros) do seu fundo de emergência para prestar os primeiros socorros aos afetados.
O furacão enfraqueceu para a categoria 2 – embora continue com ventos de 175 quilómetros por hora – e encontra-se a 75 quilómetros da cidade norte-americana de Charleston, na costa da Carolina do Sul, segundo os últimos dados do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla inglesa).
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