“O volume de civis em fuga de Mossul é impressionante”, afirmou em comunicado Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU no Iraque.
A ofensiva das forças governamentais iraquianas contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico na cidade de Mossul começou em 17 de outubro do ano passado e as tropas do Governo conseguiram expulsar o grupo extremista da parte oriental da cidade.
Desde fevereiro o foco do combate é na margem oeste do rio Tigre, a parte ocidental da cidade, que é densamente povoada.
“Quando a luta começou, o nosso cenário de pesadelo foi a possibilidade de um milhão de civis fugirem de Mossul. Mais de 493 mil pessoas já o fizeram, deixando quase tudo para trás”, disse Grande.
A ONU estima que ainda vivam em Mossul cerca de 500 mil civis nas áreas controladas pelo Estado Islâmico.
Esta batalha “pressionou os nossos limites operacionais”, referiu ainda a coordenadora humanitária da ONU no Iraque.
Apoiadas por uma coligação internacional, em dois meses as forças iraquianas já fizeram progressos significativos na parte ocidental de Mossul, mas o progresso na cidade velha, um labirinto de ruas estreitas onde ainda residem centenas de milhares de civis, revela-se difícil e lento.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, tinha pedido no final de março, durante uma visita a um campo de deslocados perto de Mossul, mais solidariedade da comunidade internacional, lamentando a falta de recursos disponíveis.
Hosam al-Abar, membro do Conselho de Nínive, disse é Efe que a crise dos civis e dos deslocados se complica “dia após dia”, acusando as tropas iraquianas de “fracassarem pela segunda semana consecutiva” no seu objetivo de abrir corredores seguros para a fuga de civis e de disparar “excessivamente” contra a cidade velha de Mossul.
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