“A maior ameaça para a Hungria vem agora de Bruxelas”, disse o político nacionalista em Tihany, enquanto discursava no festival “Tranzit”, organizado por intelectuais próximos do Governo húngaro.
Sublinhando a conotação de Bruxelas com a esquerda, Orbán afirmou que aqueles que pretendem “construir um império a partir das fundações de uma Europa liberal devem ser derrotados nas eleições europeias”, agendadas para junho do próximo ano.
O líder húngaro lamentou ainda o facto de os partidos de direita e de extrema-direita não se terem conseguido unir e voltou a acusar o Partido Popular Europeu (PPE), democrata-cristão, de procurar alianças com a esquerda.
“Se olharmos apenas para o que o outro lado (do espetro político) está a fazer, não haverá unidade e, se forçarmos a imprensa a escrever sobre nós de uma forma positiva, isso apenas conduzirá a uma nova vitória da esquerda”, referiu, acrescentando que sem haver unidade na direita europeia, uma derrota da esquerda não será possível.
O partido de Orbán, o Fidesz, foi obrigado a abandonar o grupo PPE no Parlamento Europeu em 2020, antes de uma votação sobre a sua suspensão, devido a posições que os eurodeputados conservadores consideravam estranhas à sua família política.
Desde então, o Fidesz tentou várias vezes, sem sucesso até agora, aliar-se a forças ultraconservadoras e de extrema-direita, como a Liga Italiana, o PiS polaco ou o Vox espanhol.
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