A vigília é uma forma de dar expressão a “todos os animais explorados por esta indústria milionária” dos parques aquáticos com animais” e “voz às vítimas que vivem aprisionadas para a vida, dentro de tanques minúsculos, forçadas a fazer truques para entreter turistas”, como é o caso dos golfinhos, justificou a mesma fonte.
“Com a pandemia do ano passado, todos nós experienciámos um período de confinamento e sabe-se que este facto acabou por ter repercussões no ser humano, psicológica e/ou fisicamente. Estivemos sujeitos, apenas durante breves meses, àquilo a que estes animais passam durante a sua vida inteira”, exemplificou a Animal Save and Care Portugal, num comunicado.
A organização de defesa dos animais sublinhou que animais com os golfinhos, que atuam em parques como o Zoomarine, estão “circunscritos a um pequeno quarto redondo sem porta de saída, quando em liberdade poderiam nadar até 40 milhas por dia” e “sofrem de depressões pelo facto de estarem enfiados dentro de pequenos tanques de cimento, sem estímulos naturais ou liberdade”.
“Há casos de animais em parques aquáticos cuja morte foi considerada suicídio, por causa dos comportamentos que demonstraram. Exploramos animais inteligentes, sociáveis e dóceis para nosso regozijo, mostrando um total desrespeito pela vida selvagem. No mundo, mais de 300 golfinhos e baleias, 40 orcas e 400 pinípedes (focas, leões marinhos e morsas) já morreram em parques aquáticos, e este número de mortes continua a aumentar”, argumentou ainda a Animal and Save Portugal.
A organização considerou ainda que os parques aquáticos são “prisões” e os “animais são obrigados a entreter humanos para serem lucrativos” e negou a ideia de que os parques aquáticos com animais sejam centros de conservação da vida selvagem.
“Uma prova disso é o Relatório da World Animal Protection, divulgado em 2019, que colocou o parque algarvio na lista de 12 zoológicos acusados de exploração de animais selvagens. De acordo com este estudo, usar os golfinhos como pranchas de surf e mantê-los enclausurados em pequenos tanques constitui uma ‘vida desprovida de naturalidade'”, sustentou ainda a mesma fonte.
A repetição de atividades ou o sistema de recompensas usado para treinar os animais também é contestado pela organização, que aponta ainda “o elevado barulho da plateia e a repetição de várias atividades ao longo do dia” como fontes de “elevado nível de stress”.
“Repudiamos veementemente qualquer negócio de entretenimento que explore animais. O Zoomarine não é diferente de um circo de animais e, por isso mesmo, iremos lutar até todos os tanques estarem vazios. Cada vez que alguém compra um bilhete para este parque, está a financiar o sofrimento destes animais. Não é entretenimento: é tortura e exploração”, considerou a associação.
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