“Não há dúvida de que eles são perigosos para a saúde”, conclui a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma agência especializada da ONU, num relatório sobre cigarros eletrónicos.
No documento a organização diz que “ainda é cedo para se ter uma resposta clara sobre o impacto a longo prazo da sua utilização ou da exposição” aos cigarros eletrónicos.
No relatório sobre os cigarros eletrónicos, lançado no início da semana na forma de perguntas e respostas, a OMS observa que não há provas suficientes de que esses cigarros ajudem os fumadores a deixar de fumar. Ao contrário, os que utilizam o vapor são mais suscetíveis aos cigarros tradicionais.
Os aparelhos de vaporização são “particularmente arriscados” junto dos adolescentes, acrescenta a OMS, que divulga agora alertas mais fortes do que os que tinha feito no ano passado.
“A nicotina é altamente aditiva e o cérebro dos jovens desenvolve-se até aos 25 anos”, adverte a OMS, insistindo nos “efeitos nocivos a longo prazo” ligados à exposição da substância mais encontrada nos cigarros eletrónicos.
O uso dos cigarros eletrónicos cria “riscos significativos para as mulheres grávidas, porque pode alterar o desenvolvimento do feto”, diz a OMS.
O “vaping” também aumenta o risco de se contrair doenças cardíacas ou de se ser vítima de complicações pulmonares, acrescenta.
A organização diz ainda que os cigarros eletrónicos “colocam em risco os seus consumidores e aqueles que não os usam”.
A OMS exige que o uso de cigarros eletrónicos seja supervisionado e que seja proibida a venda a jovens e o uso em locais de trabalho confinados, mas também em espaços públicos.
A exposição aos fumos dos aparelhos eletrónicos é perigosa, devido à presença de substâncias tóxicas, incluindo o glicol, que é usado na fabricação de anticongelante para automóveis, afiança a OMS.
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