O texto foi assinado hoje pelo Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, membros do Tratado de Cooperação Amazónica (TCA), durante a cimeira da Amazónia realizada na cidade de Belém, no estado brasileiro do Pará.
Entre os principais pontos da chamada Declaração de Belém, destaca-se “o lançamento da Aliança Amazónica de Combate ao Desmatamento, a partir das metas nacionais, como a de desmatamento zero até 2030 do Brasil, fortalecendo a aplicação das legislações florestais”.
Com o dobro do tamanho da Índia e espalhado por oito países, este é um território e lar de mais de 16.000 espécies de árvores e considerado um dos lugares de maior biodiversidade do planeta.
Esta terça-feira, os líderes e representantes dos oito países que abrange encontraram-se pela primeira vez em 14 anos, na esperança de chegar a um acordo sobre planos para proteger esta floresta de ameaças como a desflorestação e a atividade criminal.
O Brasil cobre dois terços da Amazónia, mas esta também se estende pela Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Segundo o World Wildlife Fund, esta floresta contém uma de cada 10 espécies conhecidas na Terra, tem cerca de 20% das reservas mundiais de água doce e milhares de espécies de árvores que ajudam a criar e sustentar o ecossistema mundial.
Juntamente com a sua contribuição para a biodiversidade e servindo de lar para milhões de pessoas, esta floresta também é essencial na absorção do dióxido de carbono mundial. Por esse motivo, garantir a sua proteção é essencial para reduzir o impacto das alterações climáticas, tendo em conta a grande quantidade de gases de efeito estufa que esta absorve.
Recorde-se que o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que liderou o país entre 2019 e 2022, enfraqueceu a agência de fiscalização ambiental do Brasil e pediu mais agricultura comercial e mineração na floresta tropical, alegando que essas medidas ajudariam a combater a pobreza. Como resultado das suas políticas, uma área de floresta maior do que o estado americano de Maryland foi destruída durante os primeiros três anos da sua presidência.
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