Organizações não-governamentais e investigadores alertaram hoje num relatório que o mundo não está a cumprir a promessa de travar e inverter a desflorestação até 2030, uma vez que a perda global da área florestal aumentou em 2022.
A desflorestação na Amazónia brasileira caiu 59% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, mantendo a tendência registada nos últimos meses, conforme dados oficiais divulgados esta sexta-feira.
Os oitos países que repartem a floresta da Amazónia entre os seus territórios aprovaram hoje uma declaração que garante o reforço da proteção deste 'pulmão do mundo', com o lançamento da Aliança Amazónica de Combate ao Desmatamento.
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, antecipou de 2060 para 2050 o prazo para acabar com as emissões de gases de efeito estufa e prometeu eliminar a desflorestação ilegal até 2030, durante o seu discurso na cimeira do clima.
O mundo perdeu 178 milhões de hectares de floresta nos últimos 30 anos, apesar de o ritmo da desflorestação ter abrandado na última década, segundo um relatório divulgado hoje pelas Nações Unidas.
O Governo brasileiro atribuiu hoje o aumento de 51% da desflorestação da floresta amazónica no seu território no primeiro trimestre do ano com o aumento dos esforços de combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A taxa de desflorestação da Amazónia brasileira aumentou 29,5% entre agosto de 2018 e julho de 2019, em comparação com o período homólogo anterior, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, voltou hoje a criticar a agência estatal que monitoriza a Amazónia, afirmando que o relatório que dá conta de que aumentou a desflorestação prejudica a reputação do país.
A Tropical Forest Alliance (TFA), que faz parte do Fórum Económico Mundial, apelou hoje para que se passe das ações individuais para as coletivas para acabar com a desflorestação.