O Governo de Essuatíni (antiga Suazilândia) tinha apresentado aos países – reunidos em Genebra numa conferência trienal – um pedido para reduzir o nível de proteção da sua pequena população de rinocerontes brancos, cujo comércio internacional está totalmente proibido.
O objetivo deste país era permitir o comércio de partes do animal, incluindo o corno, que é objeto de tráfico ilegal devido à procura que existe nos mercados asiáticos, onde lhe é atribuído propriedades medicinais.
Os cientistas já desmentiram tais propriedades, mas a procura mantém-se.
Por uma ampla maioria, os países recusaram reduzir a proteção desta espécie de rinoceronte em Essuatíni, onde se estima que restem apenas 66 exemplares na vida selvagem.
A conferência da CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção junta cerca de 180 países em Genebra desde o dia 17 e termina no dia 28.
Também foi rejeitada uma proposta da Namíbia, que pedia que fosse levantada a proibição do comércio internacional da sua população de rinocerontes brancos e que fossem permitidas transações com estes animais vivos e como troféus de casa.
De acordo com os últimos dados, o número de rinocerontes na Namíbia é pouco mais de um milhar, no seu meio natural.
“O comércio internacional de rinocerontes está proibido desde 1977 e a sua reabertura significaria um desastre para a sobrevivência desta magnífica espécie”, comentou um responsável de operações da organização não-governamental Humane Society International, Adam Peyman, citado pela Efe.
Os especialistas consideram que, com o escasso número de rinocerontes brancos que existem em Essuatíni, permitir o comércio dos seus cornos seria seguramente o fim desta espécie naquele país e iria desencadear a caça furtiva noutros países africanos.
Os rinocerontes brancos estão em perigo de extinção, já que, apesar da proibição, os caçadores furtivos alimentam o tráfico internacional do seu corno.
Comentários