“É com muita dor que recebo as notícias vindas da Terra Santa, em particular da morte de 10 palestinianos, incluindo uma mulher, mortos durante as ações militares antiterroristas israelitas na Palestina e do que aconteceu perto de Jerusalém na noite de sexta-feira, quando sete judeus israelitas foram mortos por um palestiniano e três ficaram feridos quando saíam de uma sinagoga”, disse o Papa Francisco, citado pela agência noticiosa EFE.
O Papa referiu-se à escalada de violência entre israelitas e palestinianos no final da oração do Ângelus, que pronuncia todos os domingos diante dos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Na quinta-feira, vários palestinianos morreram numa operação israelita no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia.
A incursão, que Israel descreveu como uma operação "antiterrorista", foi uma das ações mais letais do exército israelita na Cisjordânia ocupada desde a segunda Intifada, a revolta palestiniana de 2000 a 2005.
Israel afirmou que os alvos da operação eram combatentes da Jihad Islâmica.
O grupo Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e a Jihad Islâmica prometeram represálias e na sexta-feira lançaram foguetes contra o território israelita.
Muitos projéteis foram derrubados pela defesa antiaérea de Israel, mas o exército respondeu com bombardeamentos contra Gaza.
Na sexta-feira à noite, um palestiniano de 21 anos disparou contra transeuntes perto de uma sinagoga na zona de Neve Yaacov, matando sete pessoas antes de ser morto a tiro.
Já no sábado de manhã, um palestiniano de 13 anos disparou e feriu dois israelitas em Silwan, perto das muralhas da Cidade Velha.
O governo dos Estados Unidos anunciou entretanto que o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, vai viajar na próxima semana para Israel para apelar ao "fim do ciclo de violência". Um porta-voz do Departamento de Estado confirmou na sexta-feira a visita e destacou que Blinken vai discutir "os passos necessários para reduzir as tensões".
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