A Santa Sé não explicou, no entanto, se o pontífice argentino, 88 anos, poderá presidir as outras celebrações, uma hipótese pouco provável tendo em conta a agenda repleta de eventos da Semana Santa.

Após cinco semanas de hospitalização em Roma, Francisco voltou no domingo ao Vaticano, onde continua a recuperação de pelo menos dois meses, com terapias de reeducação motora e respiratória, e sem atividades públicas.

A saúde frágil do jesuíta, que foi visto debilitado a sair do hospital Gemelli, provocou dúvidas entre os fiéis sobre a sua presença nos atos da Páscoa, a festa mais importante do ano para os católicos.

O calendário das celebrações litúrgicas para a Semana Santa, publicado esta quinta-feira pelo Vaticano, inclui a bênção "urbi et orbi" (à cidade de Roma e ao mundo), pronunciada pelo papa na janela da basílica de São Pedro no domingo de Páscoa.

A Santa Sé confirmou as celebrações da Páscoa, como a Via-Crucis no Coliseu de Roma, mas não revelou quem presidirá os atos.

O serviço de imprensa do Vaticano afirmou que a presença do papa durante a Semana Santa seria decidida em função da evolução da sua saúde "nas próximas semanas".

O pontífice pode delegar a celebração de missas e cerimónias a outros religiosos - que geralmente são cardeais -, mas apenas o papa pode pronunciar a bênção "urbi et orbi".

O Vaticano também manteve a data de canonização do beato italiano Carlo Acutis (1991-2006) para 27 de abril, mas sem confirmar se o papa participará na cerimónia.

Com a hospitalização, durante a qual esteve à beira da morte em duas ocasiões, segundo os médicos, o líder espiritual de 1,4 mil milhões de católicos teve a crise mais grave de saúde desde a sua eleição em 2013.