Na sua mensagem durante a oração do Angelus na Praça de São Pedro, em Roma, Francisco questionou “por que não aprender com a história”, numa alusão à crise dos mísseis em Cuba, envolvendo os Estados Unidos e a União Soviética, que aconteceu quando se se iniciava o Concílio Vaticano II (1962-1965).
“Também naquela época havia conflitos e grandes tensões, mas foi escolhido o caminho pacífico”, salientou o sumo pontífice.
O Papa Francisco alertou também para a exclusão dos migrantes, classificando-a de “repugnante, criminosa e pecaminosa”, durante a cerimónia de canonização, na Praça de São Pedro, de Giovanni Battista Scalabrini (1839-1905), que fundou duas congregações que tratavam dos migrantes, e de Artémides Zatti, emigrante italiano na Argentina.
“Scalabrini olhou para além, olhou para o futuro, para um mundo e uma Igreja sem barreiras, sem estrangeiros”, recordou, comentando a “exclusão dos migrantes”, que considerou “escandalosa”.
“A exclusão dos migrantes é criminosa, fá-los morrer à nossa frente, e é por isso que chamamos ao Mediterrâneo o maior cemitério do mundo” e, prosseguiu, “é repugnante, pecaminosa”.
Para Francisco, “é criminoso” não abrir as portas a quem necessita, porque, afirmou, “os excluímos e os enviamos para os campos de reclusão, onde são explorados e vendidos como escravos”.
“Há uma migração hoje na Europa que nos faz sofrer e nos leva a abrir os nossos corações, que é a dos ucranianos que fogem da guerra”, disse, apelando para que “a Ucrânia martirizada não seja esquecida”.
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