Os líderes dos 27 Estados-membros já tinham concordado, no final de junho, em renovar à responsável alemã o mandato como Presidente do executivo europeu, onde enfrentou desde 2019 uma sucessão de crises, desde a Covid até à guerra na Ucrânia.
A presidente Von der Leyen, de 65 anos, tem agora de obter a ‘luz verde’ de pelo menos 361 dos 720 eurodeputados, durante a sessão plenária que decorre de 16 a 19 de julho, em Estrasburgo.
De acordo com fontes parlamentares citadas pela AFP, o resultado desta votação secreta deverá ser “renhido”.
O Partido Popular Europeu (PPE, direita), a família política da alemã, continua a ser a maior força no Parlamento após as eleições europeias de junho, com 188 deputados eleitos.
Os sociais-democratas (S&D) detêm 136 lugares e os liberais (Renew) 77. A grande coligação que reúne estes três partidos desde 2019 seria, portanto, suficiente.
Mas estes grupos esperam deserções nas suas fileiras, já que uma parte significativa do PPE não apoiou a escolha de von der Leyen – incluindo os republicanos franceses – e os liberais alemães do FDP são-lhe hostis.
Assim, pode revelar-se decisivo um apoio dos ecologistas (53 lugares) ou mesmo contar com alguns dos 78 deputados eleitos do grupo de extrema-direita ECR, associado à chefe do Governo italiano Giorgia Meloni – sem, no entanto, negociar com eles: uma linha vermelha para o Renew, o S&D e os Verdes.
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