Em comunicado, o Parlamento Europeu indica que a presidente, Roberta Metsola, comunicará o teor dos pedidos de levantamento de imunidade parlamentar o mais rapidamente possível, sendo a primeira oportunidade a abertura da primeira sessão plenária do ano, a 16 de janeiro, data em que os pedidos serão remetidos à comissão de Assuntos Jurídicos, que tomará uma decisão.
O Parlamento Europeu (PE) não revela por isso no comunicado hoje divulgado a identidade dos dois eurodeputados em causa, mas várias fontes europeias, citadas pelas agências EFE e AFP, adiantam tratar-se do belga Marc Tarabella e do italiano Andrea Cozzolino, cujos nomes já haviam sido associados ao alegado esquema de corrupção e ambos pertencentes à bancada dos Socialistas europeus (S&D), que já decidira suspendê-los.
Este procedimento é lançado no quadro da investigação da Justiça belga a alegadas ofertas do Qatar e de Marrocos a eurodeputados e assistentes de grupos do PE para influenciar decisões em Bruxelas, um escândalo conhecido como ‘Qatargate’.
“Desde o início, o Parlamento Europeu fez tudo o que estava ao seu alcance para ajudar as investigações em curso e continuaremos a assegurar que não haja impunidade. Os responsáveis encontrarão este Parlamento do lado da lei. A corrupção não pode ganhar e faremos tudo para a combater”, comentou a presidente Roberta Metsola, citada no comunicado da assembleia.
Sob a acusação de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, a polícia belga deteve vários suspeitos em 09 de dezembro, entre eles a ex-vice-presidente do PE Eva Kaili, entretanto destituída do cargo e retirada do grupo dos Socialistas & Democratas (S&D), e agora eurodeputada não-inscrita.
Também detidos foram o companheiro de Kaili, Francesco Giorgi – antigo assistente de Cozzolino -, e o ex-eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri, numa operação que resultou na apreensão de malas de dinheiro com um total de 1,5 milhões de euros.
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