Depois de terem rejeitado em julho o mandato de negociação da comissão parlamentar dos Assuntos Jurídicos sobre a proposta, os eurodeputados votam agora mais de 200 emendas ao documento que pretende atualizar os direitos de autor no contexto da Internet e uniformizá-los no espaço europeu.
A reforma em causa, proposta em 2016 e em discussão deste então, tem gerado forte polémica entre quem se opõe, alegando que poderá abrir a porta ao fim da Internet como ela existiu até hoje; e quem apoia, como artistas e meios de comunicação social, que argumentam por maior compensação pelo seu trabalho.
Em causa está, por exemplo, a definição dos direitos dos utilizadores de Internet, quando partilham informação que está protegida por lei, a remuneração de criadores artísticos e culturais, a existência ou não de mecanismos que filtrem conteúdos autorais protegidos.
Os opositores desta reforma – sobretudo plataformas Google, Apple, Facebook e Amazon, mas também organizações como a Electronic Frontier Foundation e figuras como o criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee, ou o cofundador da Wikipedia Jimmy Wales – alegam que o projeto vai colocar em perigo a gratuitidade de numerosos sítios na Internet e vai penalizar o pluralismo na sociedade.
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