“Foi um ataque cibernético muito grave”, revelou hoje, durante um comício eleitoral em Blackpool, no norte de Inglaterra, adiantando que foi repelido pelo sistema interno, que terá impedido o acesso à informação do partido.
Porém, acrescentou: “Se isto é um sinal do que está para vir nestas eleições, faz-me sentir nervoso porque um ataque cibernético contra um partido político durante umas eleições é suspeito e algo que é preocupante”.
O principal partido da oposição denunciou hoje ter sido alvo de um “ataque cibernético sofisticado e em larga escala” e informou o Centro Nacional de Cibersegurança britânico.
O partido garantiu que o funcionamento das suas plataformas não foi interrompido, mas lamentaram a desaceleração temporária de “atividades eleitorais não especificadas” devido às medidas de segurança adotadas para responder ao ataque.
Corbyn lembrou um ataque cibernético que afetou o sistema nacional de saúde britânico em 2016 e reivindicou a necessidade de maior proteção contra ataques cibernéticos no Reino Unido.
O Reino Unido vai realizar eleições legislativas a 12 de dezembro, mas ainda não adaptou a legislação à era digital, tendo o ex-presidente da Comissão parlamentar da Cultura, Digital, Comunicação Social e Desporto, Damian Collins, apelado a uma abordagem coordenada do governo para combater a desinformação e proteger o sistema eleitoral.
Um relatório produzido pela Comissão em fevereiro apontou para a potencial interferência da Rússia e a necessidade de regulamentar as redes sociais, em particular a Facebook, na sequência do uso de dados de milhões de utilizadores pela empresa de consultadoria política Cambridge Analytica para traçar o perfil dos eleitores e ajudar a campanha eleitoral do Presidente dos EUA, Donald Trump, em 2016.
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