Em poucos meses foram aprovados diversos pacotes de sanções à Rússia, que implicam também perdas para os Estados-membros da União Europeia. À boca-pequena começa a falar-se em fadiga. Será o preço demasiado alto? Até onde estão os europeus dispostos a ir?
O deputado europeu Paulo Rangel acredita que se até aqui foi a opinião pública que obrigou os governos a agravar as sanções à Rússia, agora têm de ser os governos a fazer pedagogia, porque a guerra vai continuar a "determinar sacrifícios".
Em matéria de solidariedade há países escorpiões: "Holanda, Suécia, Dinamarca e Áustria", ocupam algumas vezes esse papel. Mas se "os suecos, sendo tão frios e racionais, nunca entrariam na NATO se não estivessem convencidos de que é o seu modo de vida que está em causa", António Costa passou a ser "campeão dos opositores", ao não querer dar à Ucrânia o estatuto de candidato a Estado-membro da UE e na posição inicial "completamente contra" a redução do consumo de gás. "Esteve francamente mal", considera.
Paulo Rangel acredita que a adesão da Ucrânia à União Europeia será "muito mais rápida" do que se pensa" e que a entrada dos países em lista de espera será também acelerada por isso. "As regras de funcionamento da União Europeia vão ter de mudar", essa será a consequência mais óbvia.
O vice-presidente do PSD afirma que "António Costa desinvestiu na agenda nacional", talvez na busca de uma posição de destaque na Europa, mas acaba por não responder se, confrontado com a escolha, optaria por um cargo em Portugal ou um lugar na União Europeia.
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