“Temos 360 graus lá em cima, teremos visitas com algum sentido de experiência radical, mas com total segurança", revelou Jorge Silva da PEV Entertainment, uma das empresas que compõem o consórcio Círculo de Cristal, entidade responsável pela reconversão daquela estrutura.
A informação foi revelada hoje, na visita guiada às obras do edifício, onde os administradores daquele consórcio, constituído também pela Lúcios, explicaram que o projeto envolveu um exigente plano de intervenção.
De acordo com o consórcio, as visitas começarão no exterior do edifício, na base da cúpula, e terminam no ponto mais alto daquela estrutura.
Para aquele responsável, esta valência revela a "multifuncionalidade do edifício, que passa pela música, pelo desporto e até desportos radicais, neste caso", preenchendo uma necessidade que a cidade do Porto tinha de espaços polivalentes.
A nova estrutura rebatizada como Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota viu ainda reforçada a capacidade do Centro de Congressos a instalar no piso -1, cujo auditório do anfiteatro passará a poder acolher 500 pessoas, em vez das 300 inicialmente previstas, o que obrigou a uma reconfiguração do espaço.
"O piso -1 é uma grande mais valia que nós introduzimos neste projeto. Nós passamos de salas planas para ter também um auditório de 500 lugares sentados, que julgo que irá ser uma das principais valências deste projeto e que irá permitir ter no centro da cidade todo o tipo de eventos empresariais", explicou Filipe Azevedo, administrador da construtora Lúcios.
Segundo aquele responsável a construção do Centro de Congressos com capacidade para 500 pessoas obrigou a seis meses de escavações adicionais, bem como a retirada de 12 pilares que suportavam todo o pavilhão e ao reforço da estrutura do edifício.
"O investimento inicial que se previa à volta dos 8/8,5 milhões de euros, nesta altura está a passar um bocadinho devido às melhorias que introduzimos ao longo do projeto", explicou.
Um dos grandes desafios do projeto prendeu-se com a acústica do edifício, indispensável para garantir a sua adaptação aos vários tipos de eventos, mantendo a identidade da arquitetura exterior do edifício com 768 óculos que fazem parte da cúpula e que são uma das imagens de marca do pavilhão.
De acordo Filipe Azevedo, para além do revestimento de toda a estrutura da cúpula do edifício e da substituição dos todos os vidros de cada um dos 768 óculos, vai ser ainda colocada uma tela que vai permitir controlar a entrada de luz, tela esta que deve estar fechada em mais de 90% dos eventos.
Com capacidade para 5.500 mil lugares sentados, com bancadas retráteis, o pavilhão consegue, contudo, aumentar a sua capacidade para 8.000 pessoas.
Está ainda previsto um restaurante com vista para o lago e para os Jardins do Palácio de Cristal e ainda um ‘food court’ que abrirá diariamente.
De acordo com o consórcio as obras deverão terminar no final de setembro, estando já a ser trabalhado "um eventual referencial, mobilizador, que diga qualquer coisa às gentes do Porto", apontou Jorge Silva.
"A inauguração terá uma componente forte de música, mas não é a música que vai mobilizar o espaço, temos os congressos. Estamos a concorrer e a ser contactados por congressos empresariais que normalmente decorrem no mundo inteiro e neste momento o Porto já faz parte desse calendário", disse.
Neste momento já estão confirmados vários espetáculos e eventos como é o caso do WordCamp 2020 e os concertos de "Amar Amália" e de Alexandre Pires.
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