Constança Urbano de Sousa falava durante um almoço organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola com empresários, sublinhando que a proteção dos refugiados é um dever civilizacional e humanitário que teve uma enorme apoio da sociedade portuguesa.
“Fruto da grande crise de refugiados que assolou a Europa, Portugal também registou um aumento muito significativo de pedidos de asilo em 2016 com um aumento de 64% face a 2015, o que resulta no maior número de solicitações dos últimos 15 anos”, referiu.
Este aumento está relacionado com a pressão migratória de refugiados na Europa e necessita de uma “esforço coletivo” para proteger as pessoas que fogem da guerra e das violações dos direitos humanos.
“Enquanto país, podemo-nos orgulhar de prosseguirmos uma política de participação muito ativa e empenhada na implantação desta política Europeia, baseada nos valores da solidariedade, através dos mecanismos de recolocação de refugiados a partir da Grécia e da Itália, mas também através da reinstalação a partir de países limítrofes à Europa”, sublinhou Constança Urbano de Sousa.
Dados da Comissão Europeia indicam que Portugal recebeu 1.415 refugiados, provenientes da Grécia e de Itália, até dia 04 de setembro e desde o lançamento do mecanismo de emergência para a recolocação de pessoas há dois anos.
Segundo o 15.º relatório sobre os programas de recolocação e reinstalação de pessoas, Portugal recebeu 1.116 refugiados transferidos da Grécia e de Itália chegaram 299.
Faltam ainda chegar a Portugal 1.536 pessoas para se cumprir a quota de 2.951 atribuída.
No total, à data de 4 de setembro, foram recolocadas 27.695 pessoas na Europa (19.244 a partir da Grécia e 8.451 a partir de Itália), num programa em que, além dos 28 Estados-membros, participam ainda a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega e a Suíça.
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