"Quando o PS ganha, ganha todo o PS. Quando o PS perde, perde todo o PS. E nós perdemos" é com assunção de derrota que Pedro Nuno Santos começa, dizendo que só acredita num país inteiro e que está junto dos Açores neste momento. "Continuaremos a contar com Vasco Cordeiro", diz.
Em resposta aos jornalistas e sobre a governabilidade diz ter que esperar pelas decisões dos orgãos regionais do PS, e por isso "teremos que esperar uma decisão dos quadros do PS dos Açores. Com certeza será uma boa decisão apoiada por todos os socialistas".
No plano nacional, avança que o PS continua à espera de uma vitória no dia 10 de março, "nada mudou sobre isso". "Continuamos focados na nossa vitória com a mesma motivação e força que tínhamos ontem".
Perante a insistência dos jornalistas para saber qual será o desfecho pós-eleitoral diz apenas poder falar no plano nacional e que respeitará a decisão dos socialistas açorianos aos quais não se pode substituir. "No plano nacional a minha posição é clara, e é importante que olhemos para os dois planos com a importância que eles têm. Não podemos extrapolar a realidade açoriana para o plano nacional. São planos diferentes, têm planos diferentes consoante a realidade que está em causa." Aproveita, mais uma vez, para dizer que nos Açores será o PS Açores a decidir. "No plano nacional, estamos focamos na vitória, é só nesse cenário que trabalhamos. Qualquer outro cenário é muito difícil, praticamente impossível, que o PS possa viabilizar um governo de direita".
Explica a decisão por, um lado, "por uma razão de ordem democrática. Seria profundamente negativo para Portugal termos o PS e o PSD comprometidos com uma governação. Só ia haver um partido a beneficiar com uma situação dessas". E, por outro lado, "por uma razão de ordem ideológica, política, programática. A visão que nós temos temos do país é muito distante da visão do PSD e nós nunca trairíamos o eleitorado do Partido Socialista. Quem vota no PS, vota numa visão do país".
Pedro Nuno Santos avança que já felicitou a coligação pela vitória. E no que à sua casa diz respeito, e atendendo à vontade de alguns socialistas em viabilizar o governo da AD nos Açores para que o Chega não vá para o governo açoriano, lembra que "o PS é um partido coeso, mas isso não quer dizer que pensemos todos da mesma maneira". E acrescenta que "não se pode apontar ao PS a responsabilidade sobre o Chega.
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