Depois das “chuvas torrenciais (que ocorreram) de quinta-feira, 13 de junho, a sábado, 22 de junho, no Distrito Autónomo de Abidjan”, o ONPC referiu “24 mortos”, inundações de estradas e casas e o risco de desmoronamento de edifícios, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).
Os bombeiros já tinham anunciado que oito pessoas tinham morrido entre quinta-feira, 13 de junho, e sábado, 15 de junho, na sequência de chuvas muito fortes.
Durante vários dias dessa semana, a capital económica da Costa do Marfim foi atingida por uma pluviosidade quatro vezes superior à normal, o que provocou subidas espetaculares do nível das águas, deslizamentos de terras e desmoronamentos de casas.
Em 24 horas, caíram 214 milímetros (mm) de chuva na comuna de Yopougon e 205 mm em Cocody, segundo a agência meteorológica marfinense Sodexam, o que representa um quarto da precipitação prevista para o conjunto dos três meses da estação das chuvas (maio-junho-julho). Um milímetro equivale ao volume de um litro de água de chuva.
A Sodexam acrescentou que o limiar “normal” era de 50 mm em 24 horas.
As chuvas torrenciais seguidas de inundações devastadoras são uma ocorrência regular na maior cidade da Costa do Marfim, onde vivem cerca de seis dos quase trinta milhões de habitantes do país.
As construções precárias em zonas pobres e propensas a inundações são em número significativo nesta metrópole em constante crescimento, apesar de o Governo ter lançado este ano uma vasta política de saneamento, destruindo muitos aglomerados informais.
No ano passado, pelo menos 30 pessoas morreram em incidentes relacionados com as fortes chuvas.
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