Cabo Verde acolhe, este mês, técnicos britânicos para melhorar as previsões sobre as tempestades que nascem perto do arquipélago e depois atravessam o Atlântico, provocando caos nas caraíbas e continente americano, anunciou o Instituto Nacional de Meteorologia.

Um dos maiores fatores de incerteza nas previsões que hoje em dia se produzem “reside na falta de observações meteorológicas em áreas remotas”, como é o caso das zonas a meio dos oceanos, cenário em que a localização de Cabo Verde ganha relevância.

A equipa estacionada no Observatório Atmosférico de Cabo Verde, na ilha de São Vicente, pretende lançar até sete balões que vão carregar aproximadamente 25 pequenas sondas biodegradáveis durante um período de duas a quatro semanas de observações.

Os balões podem ser controlados até à alta atmosfera (mais de 20 mil metros de altitude), onde soltam as microssondas que depois vão caindo e fazendo medições (temperatura, pressão, humidade, entre outras) cujos dados são transmitidos a cada segundo, via rádio, para os cientistas em terra.

“Pretende-se fazer um lançamento diário, no horário mais calmo do dia”, geralmente ao amanhecer.

Cada balão de alta altitude (HAB), de baixo custo, pode ser telecomandando para fazer o lançamento uma constelação de microssondas ao longo de vários dias, a partir de locais remotos.

“Isto resultará em observações confiáveis e precisas com alta resolução vertical de áreas remotas do globo” em complemento à resolução horizontal, feita pelos satélites em órbita da terra, explica-se na nota técnica.

Haverá dias em que alguns balões meteorológicos serão lançados em pares, com duas a três horas de intervalo.

“Os lançamentos, devidamente autorizados pela Agência de Aviação Civil (AAC) serão feitos em coordenação com os técnicos da empresa de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) na torre do Aeroporto Internacional Cesária Évora, conclui-se.