Num discurso no 24.º Congresso Nacional do PS, em Lisboa, Manuel Pizarro disse que o PS não esconde, diminui ou desvaloriza “as dificuldades” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também “não alimenta uma campanha de maledicência continuada contra uma das mais importantes conquistas” do sistema democrático português.
O também ministro da Saúde destacou que, num dia como hoje, o SNS assegura “mais de 17 mil atendimentos de urgência e mais de 3.800 ativações de meios de urgência hospitalar”, salientando que “isso não se pode reduzir a problemas” que existem e que é preciso “enfrentar com coragem e determinação”.
“Não nos iludamos: do lado direito do nosso espetro político, as críticas ao SNS visam abater o SNS. Não há nenhuma proposta alternativa de organização, é só maldizer, maldizer, maldizer”, criticou.
Manuel Pizarro destacou que Portugal chega aos 50 anos do 25 de Abril “podendo-se orgulhar das comparações internacionais no domínio da saúde” e salientou que o país chegou até aqui “aos ombros de gigantes, porventura o maior dos quais é o português inspirado, esse grande socialista e grande cidadão que se chama António Arnaut”, que fundou o SNS.
“Vamos lembrá-lo, nesse dia em 1979 em que, na Assembleia da República, foi votada a criação do SNS. Houve quem votasse contra e quem votou contra foi o PSD e o CDS que até hoje não desistiram de combater esta ideia de um SNS público, geral e universal”, afirmou.
Para Pizarro, “a única garantia” de que o SNS vai continuar a existir e que se fará o necessário “para o reformar e para o preparar para os anos que faltam no século XXI é mesmo uma vitória do PS nestas eleições”.
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