Os 400 novos títulos juntam-se a centenas de obras que todos os anos são recomendadas pelo PNL para diferentes idades e níveis de ensino, do pré-escolar ao ensino secundário, repartidas por sugestões de leitura autónoma, orientada, em voz alta ou em contexto de sala de aula. São feitas ainda algumas sugestões para adultos.
Entre poesia, contos, romances, livros ilustrados, literatura portuguesa e estrangeira, as novas recomendações de leitura são tornadas públicas em julho, antes de um novo ano letivo, e estão acessíveis para qualquer leitor, professor ou educador na página oficial do PNL.
Entre os 400 novos títulos disponíveis constam obras de autores que estão pela primeira vez representados no PNL: São os casos de Joana Estrela, com o livro ilustrado "Mana", Inês Fonseca Santos, com "Saramago - Homem rio", ilustrado por João Maia Pinto, e os autores Filipe Melo e Juan Cavia, com a banda desenhada "Os vampiros".
"Sonho com asas", de Teresa Marques e que valeu a Fátima Afonso o Prémio Nacional de Ilustração 2016, "A teia de Carlota", um clássico da literatura de E. B. White, e "Céu de sardas", um livro-jogo de Alicia Baladan e Inês D'Almey, também figuram nas listas.
O romance "O nosso reino", de Valter Hugo Mãe, que em janeiro foi retirado das recomendações do terceiro ciclo e recolocado nas sugestões de leitura do ensino secundário, por causa de um protesto de um grupo de pais de alunos, regressa agora às listas de leitura autónoma do 3.º ciclo.
Nas listas consultadas pela agência Lusa, há vários autores que se mantém inamovíveis do PNL e com várias obras recomendadas para os diferentes níveis de aprendizagem, como Sophia de Mello Breyner Andresen, Alice Vieira, Camilo Castelo Branco, Álvaro Magalhães, Luísa Ducla Soares e António Mota.
Manuel Alegre, Prémio Camões 2017, volta a figurar entre as escolhas do PNL, com obras como "Alma", "Barbi-ruivo - o meu primeiro Camões" e "Praça da Canção".
As listas de recomendações de livros são apenas uma das vertentes do trabalho do PNL em torno da promoção do ato de ler.
O PNL foi criado em 2006 pelo Governo para melhorar os níveis de literacia e leitura dos portugueses.
Na primeira década de atividade, o projeto envolveu a realização de estudos, trabalho de promoção do livro e da leitura em todos os agrupamentos de escolas, envolvendo municípios, a Rede de Bibliotecas Escolares, professores, bibliotecários, pais e alunos.
Este ano, o PNL foi renovado por mais uma década, com direção de Teresa Calçada e Elsa Conde e com o objetivo de apostar também na "literacia científica e digital" para crianças e adultos, envolvendo bibliotecas escolares, instituições de ensino superior e Centros Ciência Viva.
Na primeira década, o Plano Nacional de Leitura foi coordenado, primeiro, por Isabel Alçada e, depois, por Fernando Pinto do Amaral.
Comentários