Em resumo
- Um homem atacou hoje ao princípio da tarde várias pessoas com uma arma branca na London Bridge;
- O atacante foi morto pela polícia no local;
- O incidente está a ser tratado pelas autoridades como "ato terrorista";
- O atacante estaria a utilizar uma pulseira eletrónica, fruto da sua libertação da prisão onde serviu uma pena por crimes relacionados com terrorismo;
- A polícia já confirmou a morte de pelo menos duas vítimas. Há mais três pessoas hospitalizadas;
- Inicialmente, a polícia tinha suspeitas de que o atacante tivesse um engenho explosivo, mas as autoridades já confirmaram que era um engenho falso;
- O presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, elogiou o “heroísmo" dos civis que agiram no local, contendo os movimentos do atacante.
Ao início da noite, em conferência de imprensa, a comissária da Polícia Metropolitana de Londres Cressida Dick confirmou que duas pessoas morreram na sequência do ataque, acrescentando que outras três estão hospitalizadas. Dick não conseguiu adiantar em que estado estão as vítimas que ainda se encontram no hospital.
Cressida Dick disse ainda que as autoridades confrontaram o autor do ataque em apenas cinco minutos.
Dick agradeceu aos serviços de emergência e aos cidadãos que intervieram e que seguiram as ordens dadas pelas polícias. "Ajudaram mais do que se pensa", adiantou.
A comissária lembrou que o perímetro de segurança se vai manter, apesar de a ponte de Londres já estar aberta ao público.
Ao início da tarde, Neil Basu, comandante da polícia antiterrorista, tinha avançado que o incidente está a ser tratado como um ato "terrorista".
"Como seria de esperar dada a natureza do incidente, respondemos como se fosse um caso de natureza terrorista. Estou agora em posição de confirmar que foi declarado um incidente terrorista", disse Neil Basu, à porta da sede da polícia, em Londres, lembrando que continua em aberto o motivo do ataque. "Seria inapropriado especular mais neste momento".
Basu adiantou ainda que, no momento em que a polícia chegou ao local, o suspeito parecia ter algum tipo de engenho explosivo. No entanto, mais tarde foi possível verificar que o engenho era falso.
"Posso confirmar neste momento que aquilo que acreditávamos ser um engenho explosivo preso ao corpo do suspeito é um engenho falso. As autoridades continuam a realizar buscas na área para confirmar que não há nenhuma ameaça para o público", disse.
O responsável confirmou que um suspeito foi abatido na ponte pela polícia e que morreu no local.
Segundo o The Guardian, o perpetrador do ataque estaria a utilizar uma pulseira eletrónica depois de ter cumprido pena de prisão por crimes relacionados com terrorismo, sendo que está estava referenciado pela polícia e pelos serviços de inteligência do MI5.
A agência Associated Press avança que o atacante estava ligado a "grupos terroristas islâmicos", citando uma fonte de segurança.
Neil Basu esclareceu que será "aumentado o número de patrulhas da polícia tanto na cidade como no país".
O presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, falou logo depois de Neil Basu: “Vamos manter-nos unidos e determinados face ao terrorismo. Aqueles que nos querem atacar e dividir nunca terão êxito”.
O ‘mayor’ da capital do Reino Unido elogiou o “heroísmo de cortar a respiração” de transeuntes que agiram no incidente, correndo para o suspeito num aparente esforço para o deter. Sadiq Khan disse ainda que a polícia não está à procura de mais nenhum suspeito.
As autoridades foram chamadas ao local na sequência de um esfaqueamento, informou a polícia na sua conta oficial do Twitter ao início da tarde, cerca das 14h.
Os serviços de emergência chegaram logo de seguida. No Twitter os serviços de ambulância de Londres falavam de “um grande incidente”.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram polícias armados a apontar armas a uma pessoa na ponte, e algumas testemunhas relataram ter ouvido tiros.
Boris Johnson reagiu logo ao início da tarde, também no Twitter, agradecendo "à polícia e aos serviços de emergência pela resposta imediata". Mais tarde, o primeiro-ministro britânico, deixou um agradecimento aos civis que travaram o ataque na Ponte de Londres e assegurou que, apesar de o suspeito ter sido abatido, a investigação continua. “Quero agradecer aos serviços de emergência, que avançaram na direção do perigo, e aos civis que mostraram uma coragem extraordinária ao intervirem fisicamente”, disse Boris Johnson à imprensa em Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico.
Um jornalista da BBC no local relatou ter ouvido tiros. O repórter estava a passar na ponte quando assistiu a uma "discussão", com "vários homens a atacar um homem".
"A polícia chegou rapidamente", tendo sido disparados tiros na sequência do incidente, relatou o jornalista da BBC.
Em 2017 a Ponte de Londres foi palco de um ataque quando duas pessoas foram mortas num atentado de reivindicado por apoiantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e que prosseguiu em Borough Market, nos arredores, com mais vítimas.
(Última atualização às 23h00)
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