O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que hoje mesmo foi informado pelo Ministério da Administração Interna de que 15 mil elementos da PSP iriam ter as carreiras descongeladas, com os respetivos pagamentos já em maio ou o mais tardar em junho.
No entanto, e apesar de “estarem resolvidos” os motivos que levaram os polícias à vigília, esta continua, porque do lado do Ministério da Defesa não houve nenhum compromisso.
Polícias e militares estão desde quarta-feira em vigília de protesto por tempo indeterminado, para exigir o desbloqueamento de carreiras, como está previsto no Orçamento do Estado, numa organização da ASPP e da Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Nacional de Sargentos, Associação de Oficiais das Forças Armadas, Associação de Praças, Associação Nacional de Sargentos da Guarda e Sindicato Independente de Agentes da Polícia.
O Ministério da Administração Interna anunciou hoje que 15 mil elementos da PSP vão ter as carreias descongeladas e que foram dadas orientações à Direção Nacional da PSP para “que desenvolva, de imediato, todos os esforços para processar às respetivas valorizações remuneratórias aos polícias abrangidos, se possível, ainda durante o mês de maio, garantindo os direitos decorrentes da lei de produção de efeitos retroativos a janeiro de 2018”.
A mesma informação já tinha sido transmitida a Paulo Rodrigues (líder da maior organização sindical da PSP), como este explicou à Lusa.
O sindicalista acrescentou que para dia 10 ficou marcada uma reunião, para, tal como está expresso no Orçamento do Estado, analisar a forma de contagem do tempo “para colocação em novas posições remuneratórias”.
“Não é nada que não esteja previsto na lei, foi pena que tivéssemos que desenvolver ações de protesto”, disse, assegurando que a vigília que uniu militares e polícias só se desmarca “quando todos os ministérios assumirem cumprir a lei”.
A totalidade de efetivos da PSP ronda os 21.000 elementos.
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