Na apresentação do seu programa de candidatura, que decorreu esta tarde com a presença do eurodeputado Paulo Rangel, Vladimiro Feliz disse que, no setor da habitação, vai aumentar a oferta regulada para compra e arrendamento a custos controlados e, desta forma, fixar população.
Já quanto à habitação social, o social-democrata falou na necessidade de se investir no conforto e nas acessibilidades, sobretudo pelo bem-estar dos idosos.
Apontando sucessivas críticas ao atual presidente da câmara, o independente Rui Moreira, que se recandidata ao cargo, Vladimiro Feliz prometeu devolver dinheiro às pessoas, através da redução para metade do IRS.
O candidato explicou que a Câmara do Porto pode reter 5% do IRS e retêm-no na totalidade, algo que ele se compromete a mudar.
No que diz respeito à educação, Vladimiro Feliz considerou essencial preparar as novas gerações para as competências do futuro, dizendo querer uma cidade na qual os investidores queiram investir por ter pessoas qualificadas.
Nessa medida, o social-democrata quer promover as ligações às instituições promotoras da inovação, atraindo empresas geradoras de valor e emprego qualificado.
O candidato defende que a academia, o ensino e o mercado de trabalho devem trabalhar juntos para capacitar a população ativa ao longo da vida por forma a não dependerem do sistema de subsidiação e estatização.
“Não é atirando dinheiro do PPR [Plano de Recuperação e Resiliência] para novos programas de formação que para nada servem”, entendeu.
Assumindo querer um Porto que seja capaz de transformar, o candidato do PSD asseverou que, todos os meses, irá fazer presidências abertas com cada freguesia para estar próximo e resolver problemas.
Outra dos aspetos a que terá em conta passa pelo aumento da segurança e da iluminação, garantindo que com o PSD “o patrulhamento será reforçado” e a cidade “mais iluminada”.
Vladimiro Feliz afirmou que também dará atenção às pessoas em situação de sem-abrigo e com dependências, construindo um parque de saúde para tratar este tipo de população numa lógica que não os torne dependentes do sistema.
Entre a defesa de mais espaços verdes na cidade e hortas urbanas, o social-democrata quer um aeroporto que sirva o Porto e a região do noroeste peninsular.
Nesta matéria, o candidato do PSD ressalvou que se deve aproveitar o dinheiro do PRR para se equacionar uma nova pista no aeroporto e, talvez assim, não seja preciso um novo aeroporto em Lisboa.
“Comigo podem contar com um presidente reivindicativo, mas que estará com o Estado e com o Presidente da República para resolver problemas e não para fazer passeios propagandístico pela cidade”, concluiu.
Além de Vladimiro Feliz, concorrem à Câmara Municipal do Porto o atual presidente Rui Moreira (independente), Ilda Figueiredo (CDU – PCP/PEV), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bebiana Cunha (PAN), Tiago Barbosa Rodrigues (PS), Sérgio Aires (BE), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre) e António Fonseca (Chega).
A Câmara do Porto é liderada Rui Moreira, cujo movimento elegeu sete mandatos nas autárquicas de 2017, aos quais se somam quatro eleitos do PS, um do PSD e um da CDU.
As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.
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