“A nível do sarampo, temos elevadas taxas de cobertura nacionais. Temos, neste momento, 20 casos de doença por sarampo confirmados em Portugal”, disse Rita Sá Machado a jornalistas, à margem de uma cerimónia em Arronches, no distrito de Portalegre.
“Precisamos de atuar para que as pessoas continuem a vacinar-se e para se vacinarem de forma atempada. Se for para vacinar ao ano de idade não devemos vacinar ao ano e três meses”, alertou.
A diretora-geral da Saúde aconselhou também que aquelas pessoas que não tenham sido vacinadas contra esta doença ou apenas tenham recebido uma dose da vacina a confirmarem esta situação no seu boletim de vacinas.
“Olhem para os boletins e vejam, de acordo com o ano de nascimento, se têm duas doses de vacina ou apenas uma dose”, frisou, referindo que “estão são as medidas que, enquanto cidadãos”, devem ser adotadas, cabendo à DGS tomar outras.
Rita Sá Machado participou hoje, em Arronches, numa iniciativa promovida pela DGS integrada no programa de atividades da Semana Europeia da Vacinação 2024, em que foi apresentado um estudo com números sobre a vacinação em Portugal em 2023.
Nas declarações aos jornalistas, a diretora-geral da Saúde destacou que “Portugal continua com elevadas taxas de cobertura vacinal”, no âmbito das coberturas do programa nacional de vacinação, que vai desde as grávidas e bebés até à idade adulta.
No que respeita à infância, Rita Sá Machado precisou que as taxas de cobertura são “realmente elevadas”, cifrando-se “acima dos 95% e, muitas vezes, entre os 98% e os 99%”.
“Durante a vida adulta, já descemos um bocadinho mais, o que é natural, o que é expectável, mesmo a nível internacional”, acrescentou.
Ainda quanto aos dados sobre a vacinação no ano passado em Portugal, a diretora-geral da Saúde considerou importante olhar para alterações a nível regional.
“Notamos que também existem umas um pouco mais elevadas, umas um pouco mais baixas”, sendo “importante” fazer “essa diferenciação” e entender “porque é que isto está ou não a acontecer”, argumentou.
Questionada ainda pelos jornalistas sobre se há falta de vacinas no país, Rita Sá Machado afirmou que “não existe uma rotura de ‘stock’ vacinal”.
“Desde o início do ano estamos a acompanhar a reorganização do Serviço Nacional de saúde, onde muitas das questões associadas às vacinas passaram para as unidades locais de saúde (ULS)”, disse.
Rita Sá Machado considerou que “já era expectável" o aparecimento de perturbações e disse que a situação está a ser acompanhada com a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde "para tentar minimizar os impactos na população”.
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