Numa intervenção durante um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, que decorreu num hotel em Lisboa, o CEMGFA anunciou que ao longo de 2019, as Forças Armadas portuguesas vão participar em 29 missões, em quatro continentes.
Portugal participa nestas missões ao abrigo da NATO, União Europeia (UE), Organização das Nações Unidas (ONU) e também parcerias bilaterais e multilaterais.
O contingente português será composto por seis navios da Armada, 66 viaturas táticas do Exército, dez aeronaves da Força Aérea e 2.349 militares.
“Isto é dez por cento das Forças Armadas portuguesas”, uma vez que o país conta com “cerca de 25 mil militares” nos três ramos, afirmou o CEMGFA.
Relativamente à NATO, Portugal, vai participar em 11 missões, na Lituânia, Báltico, Polónia, Afeganistão, Iraque, Roménia, Kosovo, no Mediterrâneo e no Mar do Norte, empenhando 1.112 militares, quatro caças F-16, mergulhadores, um submarino e aeronaves P-3C.
Já para as seis missões da UE – no Oceano Índico, Somália, República Centro-Africana, Mali e Mediterrâneo - serão destacados 197 militares, uma aeronave P-3C e um submarino.
Para as três missões da ONU, Portugal irá disponibilizar 392 militares para o Mali, Colômbia e República Centro-Africana, esta última que o CEMGFA classificou como “a mais arriscada” missão desde o final da guerra do Ultramar, em 1974.
Nas nove missões bilaterais e multilaterais, Portugal irá fazer-se representar com 648 homens e mulheres, no Atlântico, Iraque, Jordânia, Golfo da Guiné e São Tomé e Príncipe.
A acompanhar os militares, irão também navios e aeronaves.
Portugal terá também “um conjunto de forças em prontidão, que estão em território nacional e que, se houver uma perturbação da ordem internacional, poderão ser empenhadas” nas missões, no caso de alguma eventualidade.
Nestas missões, os contingentes portugueses irão apoiar e treinar as forças locais, reforçar a fiscalização e segurança, realizar missões de policiamento aéreo, recolher informação, apoiar processos de transição e estabilização, mitigar o tráfico de migrantes, edificar estruturas de segurança ou contribuir para a segurança, estabilidade, e livre circulação de cidadãos, como é o caso do Kosovo.
Segundo o Almirante Silva Ribeiro, “todas estas missões visam contribuir para a paz, a segurança e a estabilidade, satisfazendo os compromissos internacionais assumidos por Portugal, demonstrando solidariedade para com os aliados e reforçando a presença no Atlântico como espaço prioritário de interesse estratégico de Portugal”.
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